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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

ALDEIA DAS MULHERES GIRAFAS- TAILÂNDIA


       Saímos de Chiang Rai em direção norte, uma região montanhosa, onde vivem várias tribos da Tailândia. São pessoas vindas da Birmânia (hoje Mianmar), Vietnã e Laos. A maioria são cristãos, porque os missionários cristãos chegaram antes dos monges budistas. Alguns são animalistas, adoram galinhas, porcos, mas comem carne de cachorro (tribo Akha). Passamos por várias plantações de milho, lichia, arroz, ao longo do rio Mae Kok. Visitamos duas tribos. Aldeia das mulheres girafas  e a Aldeia Akha. Na região montanhosa vivem aproximadamente 750 mil membros das tribos. Quase a metade são karen.
       MULHERES GIRAFAS: As meninas começam a usar o colar de latão, dos 5 aos 9 anos. Os anéis são trocados a cada dois anos. O colar pesa de 5 a 8 kilos, mas as bruxas usam de 9 kilos. Só param de trocar os anéis após os 45 anos. Chegam a colocar 37 argolas, número ideal para mulher adulta. Elas usam argolas nas pernas também. Segundo a explicação é que a aldeia era muito atacada pelos tigres. Eles atacam justamente o pescoço e as pernas da vítimas. É uma forma de proteção. Mas, ainda hoje,  continuam a colocar as argolas nas meninas. Essa tribo é originária de Mianmar, é o povo karen-padaung.
 Esse povo, há 60 anos, fugiu do regime militar do seu país e encontrou refúgio nesta região, vivendo sem eletricidade e sem água corrente
       Em algumas tribos, os homens são muito magros, porque comem pouco e fumam muito maryjuana, haxixe. Algumas mulheres, mascam muito as folhas de betel (tem capacidades  imunológicas), carbonato vermelho, cocaína e ficam com os dentes completamente pretos. Pensei que fosse banguela, mas ao fotografar de perto, vi que tinha os dentes. Outras tem as orelhas enormes, usam alargadores. Usam roupas muito coloridas e colares.
        Na aldeia, elas vendem artesanatos, cultivam arroz, recolhem mel e aguardam pelos turistas. Os homens vivem no campo. A voz é muito baixa, talvez devido  as argolas no pescoço. Dizem que quando tiram as argolas, elas não conseguem respirar, mas é mentira. E não é o pescoço que alonga com os anéis, são os ombros que são empurrados para baixo. Os anéis exercem uma pressão nos músculos trapézios e estes se ocultam por baixo da clavícula.  Mas já houve uma mulher com um pescoço de 51 cm, foi Karen Nighten, que viveu entre 1889-1969. Essa com certeza se tirasse as argolas, quebraria o pescoço.
 Alguns pesquisadores dizem que essas argolas, tornavam as mulheres menos atraentes, tornando- as poucos interessantes para os mercadores de escravas.  Há também os karen  que são ótimos músicos e ótimos mestres na arte de domesticar e treinar elefantes.
  Muitas operadoras se recusam a levar turistas para essa aldeia, por considerar  uma visita ao zoológico humano. As vezes são os turistas que se recusam a ir.
           Saímos dessa aldeia, tomamos uma outra embarcação, numa curta viagem pelo rio Mae Kok até Baan Pá Tai.  Visitamos outra aldeia das montanhas, etnia akha.

Argolas no pescoço e nas pernas. Elas são simpáticas e gostam de ser fotografadas.

muito pesado!!! não imagino como é dormir  ou tomar banho com isso no pescoço.

achei interessante ela carregar a nenê no cestinho.

Cada uma se enfeita de um jeito.


já começou a colocar as argolas no pescoço e parece que nem incomoda.

Olha como esta está enfeitada! Eu acho que elas usam como adorno, se sentem bonitas. 

esta menina já está com mais argolas no pescoço.

Esta senhora não tem argolas no pescoço. Mas, tem enormes alargadores nas orelhas e argolas nas pernas.

Um homem da etnia karen e seu menino.

Esta pequena é muito simpática e educadinha.

Esta já é adulta e não usa as 37 argolas, mais parece adorno.


esta não usa argolas no pescoço, nem alargadores de orelha. Mas, os dentes são totalmente pretos de tanto mascar folhas de betel, carbonato vermelho, cocaina.

uma vista mais aproximada dos adornos desta senhora.

elas vendem artesanatos que fazem:
bolsas bordadas, chapéus e lembranças do local.

o trabalho é muito bonito e colorido.

argolas nas pernas e enfeites também

casinhas cobertas de sapé onde moram
 os karen-padaung




Esta é a recepcionista da aldeia de etnia Akha. O ingresso é pago.

Um monitor residente da aldeia explica os costumes, crenças desse povo muito supersticioso e as técnicas para caçar animais para comer.

Esse é o pagé.

as feições desse povo. Não usam argolas no pescoço e nas pernas. Os chapéus são muito diferentes.

Fizeram uma apresentação da dança com o pagé tocando um instrumento de percussão de forma ritmada.
Visitando essas aldeias dá a impressão que o tempo não passou, que o relógio parou e que nem tomam conhecimento do que acontece fora desse mundo.



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