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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

DEGUSTAÇÃO DE VODKA NO TREM TRANSIBERIANO


              A palavra vodka em russo significa aguinha (diminutivo de água). Mas, essa aguinha embriagante surgiu provavelmente no século XIV. Não se sabe exatamente quem a inventou, se foram os russos ou os poloneses. A vodka é feita, tradicionalmente, a partir da fermentação de cereais ricos em açúcar e amido. Os registros apontam que no ano de 1386, surgiu a palavra vodka. Neste ano, um genovês trouxe a aqua vitae da colônia genovesa na Criméia para a Lituânia. Essa bebida era muito forte e a sua diluição em água, provavelmente, deu origem a palavra vodka para essa mistura.
               Antes do surgimento da vodka na Russia, entre os séculos IX e XIV, havia cinco outros tipos de bebidas alcoólicas: vinho (uva), hidromel (mel), beriozovita (bétula), kvas (cerveja comum) e o ol (cerveja forte). Atualmente, a vodka é fabricada em todos os países. Pode ser procedentes da fermentação de cereais (arroz, trigo, cevada, centeio, milho e etc) e também de batatas, beterrabas, figos, uvas. O teor alcoólico varia de 35 a 60% e essa porcentagem depende  do processo de fabricação e  da adição da água. A água deve ser totalmente isenta de minerais. Devido ao alto grau de pureza da vodka e a alta porcentagem de alcóol etílico (o alcóol etílico congela a -117ºC), ela não congela.  Mas, deve ser ingerida estupidamente gelada, sempre acompanhada de petiscos, de preferência do caviar, como na Rússia.
                 A vodka original é isenta de odor e de sabor. Mas, existe várias vodkas aromatizadas com sabor de limão, laranja, uva, pimentão e até pimenta. A vodka sueca Absolut lançou recentemente a Absolut Kurant aromatizada com groselhas.  A Pertsovka é uma vodka vermelha escura e foi aromatizada com pimentão. O Czar Ivan costumava colocar pimenta na vodka. Muitas vodkas fabricadas na Europa e nos Estados Unidos tem nomes russos, mas a única vodka russa fabricada fora é a Smirnoff.
                 Na Rússia devido ao frio intenso, principalmente na região da Sibéria, eles consomem muita vodka. O álcool provoca vasodilatação e dá a sensação de aquecimento. No norte da Sibéria o frio chega a - 72º Celsius, muitos perdem a ponta do nariz ou orelhas devido ao congelamento. As vezes até os olhos congelam, segundo o guia que nos acompanhou e que nasceu na região. Quando o individuo percebe que as orelhas e o nariz estão congelando, ela enche as mãos de neve e faz massagem na região insensível. Disse que, quando a criança tem as pernas congeladas, eles colocam suas pernas num balde com gelo e as fazem tomar vodka, acrescida de algumas ervas. O descongelamento ocorrendo de dentro para fora, diminui o risco de amputação. A região é muito pobre e sem recursos. Sua família deixou a região quando ele tinha seis anos e foi para Moscou.
                 No trem, fizemos degustação de cinco tipos de vodkas russas, acompanhada de panquecas com caviar de salmão, e alguns petiscos. Para não ficar bêbado, a vodka deve ser consumida num único gole, seguido da mastigação de algum petisco, para não ter absorção na mucosa oral. Experimentamos cinco pequenos cálices dessa forma e confesso que realmente não fiquei DRUNK.
O vagão bar do trem Zarengold é todo branco e muito bonito, mas fica no outro extremo do trem. O duro foi voltar para o meu vagão que era o primeiro. O trem parecia estar balançando muito mais. Será que era o trem ou eu?
O guia nos contando a respeito da origem, fabricação e da história da vodka

Esse vagão bar é muito lindo, todo branquinho.

Primeiro cálice de vodka amarelo.

Vodka vermelha com sabor um pouco adocicado.

Panquecas com caviar de salmão.

Vodka incolor acompanhada de pepino, tomate, cebola, milho e etc.

Vodka rosada.
Das vodkas que experimentei, a vermelha foi a que mais gostei.

Desde os anos 70, a vodka passou a ser utilizada no preparo de coquetéis e hoje é também muito consumida com energéticos nas baladas, pelos jovens.

Para mais informações sobre o roteiro acesse o link abaixo.




domingo, 27 de setembro de 2015

TRILHA DO MIRANTE NO PARQUE DAS NEBLINAS - Mogi das Cruzes

                                             

                                TRILHA DO MIRANTE NO PARQUE DAS NEBLINAS
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             O Parque das Neblinas está localizado no distrito de Taiacupeba, entre as cidades de Mogi das Cruzes e Bertioga. É uma reserva de 2.800 hectares, onde originalmente era de Mata Atlântica. Durante 60 anos a empresa Suzano Papel e Celulose desmatou e plantou eucaliptos para a produção de celulose. Mas, por questões econômicas e proteção de mananciais essa atividade deixou de ser praticada. Há muitas nascentes de água no local. A mata nativa está se regenerando rapidamente, bem como a fauna e flora. No parque corre o Rio Itatinga que alimenta até hoje a Usina Hidrelétrica de Itatinga, inaugurada em 1910, para levar energia ao Porto de Santos.  No parque é possível fazer trilhas e canoagem no Rio Itatinga.
             Fizemos a Trilha do Mirante, num percurso de 14 km, ida e volta. Inicialmente, a trilha é bem aberta, mas vai se fechando conforme adentramos na mata. O piso vai se modificando, ora pisando no barro, ora em pedras, mas não havia obstáculos grandes. A mata estava muito florida.  As helicônias e bromélias vermelhas estavam em grande quantidade. Caminhamos beirando o rio, pelos trilhos até chegar ao mirante, de onde era possível ver  o litoral de Bertioga. Paisagem fantástica!!!

Após a recepcão deliciosa na sede, com direito a bolinhos de chuva, suco de cambuci, suco de juçara com cambuci, café com leite, iniciamos a trilha.

Cruzamos o rio Itatinga pela ponte. A água do rio é bem escura como um chá, mas é límpida.
























LAGO BAIKAL - SIBÉRIA - VIAGEM NO TREM TRANSIBERIANO


           Viajando de trem, saindo da cidade de Ulan Ude, observando a paisagem através da janela do corredor, deu-me a impressão de estar avistando o mar. Era o imenso Lago Baikal,  o maior reservatório de água doce do planeta. As dimensões são impressionantes, são 636 km de comprimento por 79 km de largura. A profundidade média do lago é 744 metros, chegando em alguns trechos a 1.680 metros. Nele vivem espécies de peixes exclusivos como o esturjão, cujas ovas são apreciadíssimas (caviar). Alguns chegam a pesar até 100 kg e  correm o risco de extinção devido a pesca predatória. A água é muito cristalina e pura. Num dia claro, a visibilidade chega a 40 metros de profundidade. No inverno, a superfície do lago fica congelada, chegando a 1 metro de espessura. Mas, no mês de agosto a temperatura da água fica entre 10 a 12 graus Celsius. Tomamos banho no lago (era tudo que eu queria), mas não me pareceu tão fria assim. Ganhamos até um certificado de coragem kkkkk....Na primeira parada do trem no Lago Baikal, descemos e embarcamos para passear no lago. Desembarcamos no outro lado, onde um ônibus nos aguardava para visitarmos um vilarejo típico da Sibéria, um museu a céu aberto muito interessante. São casas, igrejas, fortificações, escolas construídas em madeiras, sendo algumas históricas que foram transportadas vindo de outras regiões da Sibéria, que datam do século XVII ao XIX e mostram como viviam as pessoas. Após a visita, retornamos ao local onde o trem estava parado. Após o banho de água doce e relaxamento, tivemos uma festa típica russa, churrasco, saladas, sobremesas, frutas, muita vodca, sucos, músicas e danças. A festa foi muito legal, me diverti muito.

Olha o comprimento do trem. Tirei esta foto da janela. Foi possível porque o meu vagão era o primeiro. Fiquei esperando uma curva com a câmera pronta. Os vagões restaurantes ficavam na outra ponta e para comer,  percorríamos o trem inteirinho, passando por todos os vagões. Bati várias vezes o meu braço nas maçanetas das cabines, porque o trem dava fortes "chacoalhões", de vez em quando. Mas, era um percurso interessante, uma forma de conhecer os passageiros.

Em alguns trechos haviam prainhas  deliciosas, com as águas bem transparentes e tranquilas.

Olhando para o horizonte, nada a vista. Parecia um mar de tão grande.

Parada do trem  para o passeio de barco.

Neste atracadouro, tomamos a embarcação.

A água do lago é muito cristalina. Nosso amigo encheu uma garrafinha para que pudéssemos prová-la. Muito geladinha e gostosa!!!

Do outro lado, tomamos o ônibus para visitar um museu com as casa típicas da Sibéria.

Toda cercada com um muro de madeira (fortificação)

Altar dentro da casa, com várias imagens religiosas.

As casas de madeira foram montadas sem pregos, utilizaram um sistema de encaixes.

Tronco de uma árvore denominada Bétula. Antigamente, a sua casca era utilizada como papel e como cicatrizante. Há muitas árvores destas na região.

Olha a transparência da água. Mas, a prainha não é de areia e sim de pedras coloridas.

Eu acho que quase todos entraram na água.

A água é geladinha, mas depois que o corpo acostuma, fica uma delícia.

Até apareceu um solzinho para aquecer um pouco.

Música com o sanfoneiro.

Espetinhos de frango e de carneiro na brasa.

Doces, biscoitos, pão de mel, chocolates.

Saladas.

Música  e danças.

Caprichei no meu prato.

Frutas (banana, maças, tangerina, ameixa)
Um jantar com muito sucos, e muita vodka. E para encerrar um cafezinho feito na hora. 
Foi um jantar muito interessante e diferente. 
Parecia um cenário de filme. Um trem estacionado na margem do Lago Baikal e um jantar ao entardecer.

Com licores e sucos à vontade, além da vodka.

                                       Foi um dia muito intenso, interessante e muito alegre. Recolheram tudo para dentro do trem e seguimos a viagem.