Viajando de trem, saindo da cidade de Ulan Ude, observando a paisagem através da janela do corredor, deu-me a impressão de estar avistando o mar. Era o imenso Lago Baikal, o maior reservatório de água doce do planeta. As dimensões são impressionantes, são 636 km de comprimento por 79 km de largura. A profundidade média do lago é 744 metros, chegando em alguns trechos a 1.680 metros. Nele vivem espécies de peixes exclusivos como o esturjão, cujas ovas são apreciadíssimas (caviar). Alguns chegam a pesar até 100 kg e correm o risco de extinção devido a pesca predatória. A água é muito cristalina e pura. Num dia claro, a visibilidade chega a 40 metros de profundidade. No inverno, a superfície do lago fica congelada, chegando a 1 metro de espessura. Mas, no mês de agosto a temperatura da água fica entre 10 a 12 graus Celsius. Tomamos banho no lago (era tudo que eu queria), mas não me pareceu tão fria assim. Ganhamos até um certificado de coragem kkkkk....Na primeira parada do trem no Lago Baikal, descemos e embarcamos para passear no lago. Desembarcamos no outro lado, onde um ônibus nos aguardava para visitarmos um vilarejo típico da Sibéria, um museu a céu aberto muito interessante. São casas, igrejas, fortificações, escolas construídas em madeiras, sendo algumas históricas que foram transportadas vindo de outras regiões da Sibéria, que datam do século XVII ao XIX e mostram como viviam as pessoas. Após a visita, retornamos ao local onde o trem estava parado. Após o banho de água doce e relaxamento, tivemos uma festa típica russa, churrasco, saladas, sobremesas, frutas, muita vodca, sucos, músicas e danças. A festa foi muito legal, me diverti muito.
Olha o comprimento do trem. Tirei esta foto da janela. Foi possível porque o meu vagão era o primeiro. Fiquei esperando uma curva com a câmera pronta. Os vagões restaurantes ficavam na outra ponta e para comer, percorríamos o trem inteirinho, passando por todos os vagões. Bati várias vezes o meu braço nas maçanetas das cabines, porque o trem dava fortes "chacoalhões", de vez em quando. Mas, era um percurso interessante, uma forma de conhecer os passageiros.
A água do lago é muito cristalina. Nosso amigo encheu uma garrafinha para que pudéssemos prová-la. Muito geladinha e gostosa!!!
Tronco de uma árvore denominada Bétula. Antigamente, a sua casca era utilizada como papel e como cicatrizante. Há muitas árvores destas na região.
Um jantar com muito sucos, e muita vodka. E para encerrar um cafezinho feito na hora.
Foi um jantar muito interessante e diferente.
Parecia um cenário de filme. Um trem estacionado na margem do Lago Baikal e um jantar ao entardecer.
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